O jogo começou quente, com desentendimentos entre os jogadores e entradas mais duras em divididas fortes. Mas quem chegou primeiro foi o Brasil, aos 7 minutos, com gol. Toque de Daniel Alves, impedido, para Robinho marcar, mas depois de muito tempo o árbitro marcou o impedimento anulando, corretamente, o gol brasileiro.
Aos 10 minutos lançamento magistral de Felipe Melo do meio campo que encontrou Robinho na entrada da área, dessa vez sem impedimento, o atacante tocou na saída de Stekelenburg para abrir o placar. Brasil 1 à 0.
A Holanda tentou reagir, e um minuto após o gol do Brasil a laranja trocou bons passes até encontrar Van Persie, que tocou para Kuyt pela esquerda que chutou para boa defesa de Julio Cesar.
Van Bomel dá dura em Daniel Alves após falta simulada. Foto: Getty Images
A partida diminuiu de intensidade com o Brasil mais uma vez com seu futebol pragmático de valorizar o 1x0, jogando com a posse de bola, mas sem atacar e sem deixar a Holanda chegar no seu campo defensivo.
Com 25 minutos de bola rolando Daniel Alves faz boa jogada pela direita e manda rasteiro para Juan, dentro da área, o zagueiro pegou de primeiro e chutou para fora. O Brasil estava melhor no jogo, e aos 30 minutos, após uma linda jogada, a bola passa pelos pés de Robinho, Luis Fabiano até chegar em Kaká, que da entrada da área viu uma brecha e chutou colocado no ângulo, Stekelenburg foi buscar e fazer uma grande intervenção mandando para escanteio.
A Holanda, que pouco apresentou no primeiro tempo, chutou teve uma chance apenas aos 35 minutos, quando Sneijder cobrou falta de longe, sem problemas para Julio Cesar defender sem dar rebote.
Kuyt comemora classificação holandesa. Foto: Getty Images
O primeiro tempo teriminou com uma boa atuação da seleção brasileira na Copa, a melhor dentre os jogos do Brasil até então.
Na segunda etapa o jogo começou mais equilibrado até que aos 7 minutos, após cruzamento fechado da intermediária direita de Sneijder, Julio Cesar saiu mal e Felipe Melo tocou de cabeça contra o próprio gol empatando a partida.
Após o gol a Holanda começou a dominar inteiramente a partida, com controle do jogo, posse de bola e inteligência, enquanto o Brasil se perdia por completo para não se encontrar mais.
O Brasil tentou reagir, aos 20 minutos, bola mal afastada pela zaga holandesa que sobra pra Kaká, da entrada da área, que tenta bater colocado, mas a bola vai para fora passando com perigo.
Mas com 23 minutos a casa brasileira caiu, o time mal organizado em campo, sem nenhum controle sobre a posse de bola e desesperado tentando de qualquer forma marcar um gol sofreu a virada. Na cobrança de escanteio, Kuyt se antecipa a marcação e toca para trás, Sneijder, baixinho e sem marcação, livre, toca pro gol. Holanda 2 à 1.
O descontrole brasileiro ficou evidente quando após falta na intermediária em Robben, Felipe Melo deu um pisão de propósito no jogador holandês e foi expulso, deixando tudo que já era difícil mais difícil ainda.
Dunga falou em tom de despedida na coletiva pós-jogo, e disse que culpa é de todos. Foto: Getty Images
A Holanda esteve mais perto de marcar o terceiro gol do que o Brasil de empatar a partida, e com maestria e muito controle a Holanda mereceu ganhar, pelo segundo tempo, e saiu com a vaga nas semi-finais. Ao Brasil resta voltar mais cedo para casa, sendo eliminado nas quartas de final, assim como em 2006.
FICHA TÉCNICA:
HOLANDA 2 X 1 BRASIL
Local: Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth (África do Sul)
Data: 02/07/2010, sexta-feira
Horário: 11h (de Brasília)
Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP)
Assistentes: Toru Sagara (JAP) e Jeong Hae-sang (CDS)
Cartões amarelos: Heitinga, Van der Wiel, De Jong e Ooijer (Holanda); Michel Bastos (Brasil)
Cartão vermelho: Felipe Melo (Brasil)
Gol: BRASIL: Robinho, aos 10 minutos do primeiro tempo; HOLANDA: Felipe Melo (contra), aos 8 minutos, e Sneijder, aos 22 minutos do segundo tempo
HOLANDA: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong e Sneijder; Robben, Kuyt e Van Persie (Huntelaar).
Técnico: Bert van Marwijk
BRASIL: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luis Fabiano (Nilmar).
Técnico: Dunga
por Aldir Junior
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